Sócios

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Não sabe ainda?
Eu vou pegar, você não! Eu vou sentir, você não!
Só feche os olhos e tente descobrir
O formato? É estranho, mas ao pegar
Você já saberia o que é...
Por isso não lhe dou, mas digo que...
... ele é comprido, de formato cilíndrico
Um pouco áspero na ponta superior
Tem uma espécie de botão, é de plástico e resistente...
... não sabe ainda? Hum! Vejamos!
Se eu chacoalhar faz um barulho
Parece líquido, está dentro dele
Quando aperto aquele botão
Ele chia, parecendo um “mini-sopro”
Se é que existe isso... “mini-sopro”...
... não sabe ainda? Hum!
Seu sabor? Está louco? Não tenho nem idéia...
Isso não se come, pelo menos não conheço ninguem que comeu
E se é que existe alguém que o fez... bem não passou, com certeza...
... não sabe ainda? Não!? O que mais posso eu dizer?
Se cheirá-lo por fora, não sinto nada
Mas, se eu apertar o botão, que cheiro estranho!
Deve ser do que tem dentro!
Não vou dizer o que é, vai ter que adivinhar
Mas, uma dica só eu vou dar...
Ele faz o que o homem na idade antiga
Levava pelo menos meia hora pra fazer
Só que, com apenas dois toques, quase simultâneos
Um risco e um apertão
No botão
Pronto! Falei...
... não sabe ainda?
Tente descobrir antes de ler a resposta... leia novamente, pense, imagine... só em ultimo caso leia a resposta, por isso vou coloca-la mais abaixo....
quando escrevi este texto, falava de um "orieuqsi", a palavra está ao contrario para dificultar a sua visualização, caso tente colar a resposta rsssss!. Agora que você ja sabe o que é... leia novamente o texto...

Kleber J. G. Martins – 19/07/2010
Itararé
Ardia na pele, parecia queimar
O sol era muito quente
A areia então, nem se fala
Parecia estar caminhando em brasas
Mas não, era a areia
Chegava a ser engraçado
Eu caminhando claro
Como o corcunda de Notre Dame
Tentava me esquivar das brasas, ops! Da areia.
Impossível!
O jeito era correr até a água
Que delicia! Um alívio tomava conta de meus pés
Das pernas e da pele
Que parecia estar assando em uma máquina
De assar frangos num domingo de verão
A água estava gelada
No primeiro momento, maravilhoso
Refrescante
As ondas vinham de encontro ao meu corpo
E me abraçava como um velho amigo
E me cobria como um lençol
Um enorme lençol verde-azulado
Ou azul-esverdeado?
Vai saber, que cor tem o mar
eu nunca sei.
A brisa surgia como o sopro de um homem invisível
Ou de Deus quem sabe
Meu corpo, não mais quente, dos raios do sol
Agora sentia um leve frio, deixando
A pele arrepiada, que já tentava se aquecer
E lutava contra a água gelada
Casada com a brisa
Fazendo-me bater o queixo
Mas mesmo com frio,
No sol quente, com a água gelada e a brisa refrescante
Bom mesmo seria um refrigerante!
Com a lata suada,
de tão gelada...
Hei! Você tem coca-cola?
Quanto?
Vou querer uma...

Kleber J. G. Martins – 18/07/2010
Brotos
Vou começar pelas raízes
Agora que sou uma grande e enorme arvore
Sim, isso mesmo!
De raízes fortes, firmes
Fincadas no chão, crescendo...
... o tronco, jovem ainda
Não muito grosso,
De casca não muito grossa e
Não muito velha...
... os galhos, uns fortes, outros fracos
Uns velhos, outros novos, ainda brotando
Com folhas bem verdes e bonitas
Sem frutos...
... as flores? Ah! Essas!
Vem na primavera da vida
Nessa época, meu cheiro, encanta
Ah! Como é bom!
Muitos pássaros por aqui passam
Até ninho fazem
Mas se vão como vem
Ah! Meus brotos...

Kleber J. G. Martins – 18/07/2010

sábado, 17 de julho de 2010

Fiat Lux!
Um simples toque e
Tchan! Fiat lux!
Olhar para ela é quase impossível
Somente por alguns segundos
Algo inexplicável
Saber que mesmo ali
Não posso tocá-la
– Tem gosto de que? Você me pergunta?
– de nada, não podemos comer, eu respondo.
Também não faz barulho
E o seu cheiro ninguém sabe
Só sei de uma coisa
Como é bom ter o poder
E com apenas um toque trazer
Vida a morte, amor ao ódio
Coragem ao medo, alegria a tristeza
Alivio a dor, luz lembra amor!

(Kleber J. G. Martins – 17/07/2010)
Cálice de vinho tinto seco
Que belo formato, cristalino
Aguardando sobre a mesa
O momento de ser pego
Acariciado e levado de
Encontro aos lábios
Onde se beijam
A borda arredondada e
Os lábios carnudos
Seu gosto? Em um primeiro
Momento parece amargo
Logo um azedo e em seguida
O doce com um leve
Travamento da língua
No céu da boca
Ah! Vinho tinto seco
Nunca gostei... prefiro o suave
Mais um gole e
O abandono dele sobre a mesa
Suavemente sem machucá-lo
Ah! Meu cálice de vinho tinto seco
Tomo por tomar
Porque eu gosto mesmo
É de vinho tinto suave
Pensei em adoçá-lo
Mas dizem que faz mal
Meu cálice de vinho tinto seco
Agora vazio, repousa sobre a mesa...
(Kleber J. G. Martins - 17/07/2010)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O despertador
Que momento prazeroso
Respirar fundo, esticar as pernas
O macio do colchão, do edredom
Ah! Aquele travesseiro
Que sensação!
O corpo se vira automaticamente,
Permanece ali por um bom tempo
Mas logo se cansa e
Busca uma posição melhor
Uma suspirada
Na busca pelo encaixe perfeito
Os olhos já fechados
Com as pálpebras grudadas
Tudo está escuro
Mas a mente ainda viva
Acordada, reflete momentos
O corpo já descansa
A alma se prepara
Para uma nova aventura
Um sonho, pesadelo
Ah! Não dá para escolher
É a alma quem decide
O corpo, imóvel
Nem faz parte se quer
Só aguarda pela volta dela
Que só volta, por motivo
De força maior
O despertador!

(Kleber J. G. Martins - 13/07/2010)
Pela porta lá de casa
A chuva caía, já era tarde, mas ainda manhã, por volta das dez, recém tinha acordado, sem perspectiva, aguardando uma resposta, eu, um desocupado, com sentimento de inutilidade, preguiça, – que chuva! Penso eu ao olhar pela porta. – em plena segunda! Penso novamente com esperança, aguardava sentado, às vezes olhava a hora, às vezes olhava lá fora, o vento gelado, a chuva, ora forte, ora fraca, mas mesmo assim não queria fechar a porta, queria ver o dia, mesmo feio, queria ver. Carpe diem! Vinha-me a mente, só na mente, porque o corpo permanecia sentado, olhando, pela porta lá de casa. Alguns postes, ainda com as luzes acesas, julho, manhã, gelada, segunda, a televisão ligada, com volume baixo, não fazia presença em meu ser, pois minha cabeça estava longe, mas meu corpo ali, sentado, sem se mover, apenas os olhos se moviam, como uma câmera, que filmava tudo, e o cérebro como um processador tentava encontrar naquelas imagens resposta, o que foi? O que é? E o que será, logo, um tour pela minha vida até aquele momento, o que vivi, o que vivo e novamente uma pergunta o que vou viver?
Tudo isso pela porta lá de casa... Carpe Diem! Eu, paralisado... Carpe diem! Soava em minha mente como um – reage!, reage! Mas nem sinal... Só os olhos se moviam... Tudo isso pela porta lá de casa.

Kleber Jose Goularte Martins 13/07/2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Desejos
Saber voar
Viver a vida
Sonhar e pensar
Amar e não sofrer
Dormir e acordar
Comer engordar
Falar acertar
Estudar saber
Saber a viver.

(Evandro Santos Duarte – 08/07/2010)
O dia começa onde termina
Percebo o vibrar
Vou ao banheiro ver meu cabelo
Escuto a chaleira chiar
Sinto o cheiro do café
Entro no ônibus a pensar
Mais uma vez vou eu trabalhar
Escuto o barulho a tocar
Chego em casa e percebo a comida esquentar
Vou eu de novo pegar o ônibus
Corto, colo, costuro
E La vai eu para casa
Tomo banho, boto a roupa,
E caminho até a faculdade pensando
Estudo pensando
Volto pensando
Durmo sonhando
Acordo babando
Vou falando
Todo o dia começa terminando.

(Evandro Santos Duarte – 08/07/2010)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carta I

Há muito tempo, sim, que não te escrevo. Ficaram velhas todas as notícias, assim como o tempo que passou, eu ainda pareço estar sonhando. Tenho a impressão de que ainda sinto a sua presença junto de mim, aquele cheiro, e o gosto do teu beijo, parece ainda estar em minha boca. Às vezes me sinto tão acordado que não sei se não estou sonhando.
É difícil acreditar que perdi você e me pergunto se fiz algo de errado, ou será que foi você? Ainda tenho esperanças de que me procure e possa me dizer, eu te amo! Eu não sei se ainda te amo, aliás, nem sei mais o que sinto.
Essas palavras eu escrevo com a certeza de que você nunca vai ler, e se por obra do destino as ler, vai saber que foi escrita com amor e lembranças de tudo de bom que aconteceu.
Daquele que esperava uma vida eterna com você. Fulano de Tal


(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Nos fios telegráficos pousaram uma, duas, três, quatro andorinhas...
...que ali sozinhas, me lembravam a partitura de uma música
As andorinha lembravam notas
Os fios, as linhas de um compasso
Às vezes trocavam a posição
Compondo uma canção
Eu olhando, tentando
Fazer uma canção
Naquele compasso descompassado
Sem acorde, ritmo, tempo
São só andorinhas, eu sei
Mas não pude evitar em meu pensamento
A partitura de uma canção ao vento
Um, dois, três, quatro
Um, dois, três, quatro
Acho que o tempo era quatro por quatro
Quatro andorinhas...
De repente três de repente duas e por ultimo uma só
Mas nenhuma ficou
O vento forte soprou.

(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)
Uma formiguinha atravessa, em diagonal, a página ainda em branco...
E escorrega como um lápis que deixa a sua marca
Desenhando formas geométricas
Ah! Formiguinha! Desenha ela para mim!
Faz um rabisco qualquer
Na vertical, na diagonal
Que meu pensamento vai ver
Seu rosto frontal
Ah! Formiguinha!
Faz isso por mim, mesmo que seja assim,
Na página ainda em branco
Do meu pensamento bobo
Eu, um tolo
Querendo vê-la de novo
Ah! Formiguinha! Faz isso por mim!
Mesmo que seja assim.

(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)
Esses inquietos ventos andarilhos...
Que fazem zunir em meus ouvidos,
O som de um assobio!
Que mexe com meus cabelos,
Que seca o meu suor,
Que me faz sentir o cheiro das flores
Que de longe vem,
Que hoje estão aqui e amanhã quem sabe
Onde estarão?
E depois poderão,
Voltar novamente,
Trazendo também seu grito, seu cheiro,
E porque não o som da tua voz,
E o gosto do beijo,
Que me fazem tremer,
Esses inquietos
Ventos
Andarilhos
Que levam meu pensamento
Que deixam a saudade
Porque tanta maldade?
Andarilhos
Ventos
Inquietos esses...

(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)
A bola era meu banquete!
A vó gritava na janela:
— Vem almoçar moleque!
A bola era meu banquete
O suor pelo corpo
Os dedos estourados
Os calçados detonados
O amigo gritava:
— Toca, toca que é minha!
Logo um grito:
— Goooooollllll!!!
Um abraço apertado
A vó gritava novamente:
— Vem almoçar, eu não vou chamar de novo!
— Só mais um gol vó.
— Toca aqui, toca aqui!
— É goooollll!!!
A vó impaciente gritava:
— Come bola agora!
A bola era meu banquete!
(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)
Memória
A praia, o morro, aza delta
Pousando na areia
O azul, o verde, os trilhos do trem
O prédio, o calçamento, a bola que rola
O sol, o nascer e o pôr
Aqueles cachos como flor
São os cabelos do meu amor.

(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)
O Amor...
...é como as unhas que mesmo grudadas nos dedos
Às vezes temos que cortá-las
...é como os dedos que se unem ao pegar coisas
...é como as mãos que se abraçam quando se cumprimenta alguém
...é como os braços que às vezes se cruzam, às vezes se separam, às vezes ao caminhar seguem um para cada lado
O amor...
...é como o pescoço que liga a cabeça ao tórax
...é como as pernas, que correm, caminham, param, se agacham, se cruzam, se abrem
...é como os pés, que chutam
...é como os dedos dos pés que nos equilibram, nos fazem ficar em pé e nos dão apoio
...é como as unhas que mesmo grudadas nos dedos
Furam as meias, quando estão grandes e ajudam nossos dedos dos pés a coçar
para satisfazer a necessidade de um momento de prazer e gozo.
O amor...
vai saber com o que comparar...


(Kleber J. G. Martins – 06/07/2010)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Felicidades
Almoço no domingo
Família reunida
O sol, a chuva e o pingo
Que cai sobre o corpo molhado
O jogo de bola
Os amigos, os amores e a escola
Adolescência, música
Praia! Ah! O mar
Viajar, sonhar
Conhecer, aprender
Trabalhar, ganhar
Conquistar, vencer
Amadurecer...
Almoço no domingo
Família reunida
O sol, a chuva e o pingo
Que cai sobre o telhado
Que noite para dormir
Deitar, sonhar
Acordar...
(Kleber J. G. Martins – 05/07/2010)