Ah!, me faz viajar o vento das manhãs,
e me faz chorar as folhas caídas,
redemoinhos maldosos brincam comigo
levando parte de mim pelo ar.
O chão fica todo salpicado,
logo, um tapete verde-amarelado se forma,
logo, em amarelo-avermelhado se transforma
é sinal de despedida, triste despedida.
Desse outono austral que indica a passagem,
pobres Caducifólias choram e
pobre de mim que choro também
o frio das noites e o cinza das manhãs.
Só penso em ter esperança,
como o Sol atingindo o Zênite e
o outono vai me renovar
e esquecer todas as lembranças.
Observo a natureza, as cores e tons
e me vem à mente, que Deus é amor,
que não passa de um artista pintando
o outono como pinta um grande pintor.
Kleber J G Martins