Sócios

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Carlêda Cassimiro: Metade de mim

Clique aqui: Metade de mim:
Sentimento é algo particular, difícil de explicar, difícil de fazer o outro sentir na mesma intensidade e mesma freqüência, mas raramente al...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Carlêda Cassimiro: Luxúria

Clique aqui e leia a poesia "Luxúria

Ele é estranho
Arrepia-me
E me mata de prazer

E isso é tão bom que
Vou buscando extremos...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Rosa Mattos: Descobertas

Clique aqui e leia: Descobertas
" Vitória arregalou os olhos, não cabendo em si de contentamento. E se coubesse, a alegria nem caberia na alegria e subiria faceira, indo..."

domingo, 24 de julho de 2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Rosa Mattos: O que é o silêncio?

Clique aqui e leia!: O que é o silêncio?:
"O grande cartaz na parede esquerda, ao lado das escadarias do metrô, chamou a atenção de Emily. Leu as palavras gigantes e continuou cami..."

Leia também:

terça-feira, 12 de julho de 2011

Rosa Mattos: Impulsos

Clique aqui para ler: Impulsos:
"...Abrirei as comportas dos sentimentos
Represados por riachos de precaução
Sufocados em extensos receios vãos
E por tudo mais que achei importante..."

Clique aqui e confira outras poesias da autora Rosa Mattos

sexta-feira, 8 de julho de 2011

27º Festival Poético - Venha viver a Poesia!

Poetas vão além da expressão: conseguem lapidar palavras e transformá-las em versos

O Sesc Cornélio Procópio realiza entre 2 de maio a 10 de novembro o Festival Poético 2011. O projeto conta com a parceria do Rotary Club, Lions Clube, Academia de Letras, Artes e Ciências de Cornélio Procópio, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e Prefeitura de Cornélio Procópio. Para mais informações acesse o regulamento completo do Festival Poético, disponível na no Sesc Cornélio Procópio ou pelo site http://www.sescpr.com.br/.
O Festival Poético tem abrangência nacional, e envolve o cenário internacional. Conta com a participação de poetas de renome de todo o Brasil e de países como Portugal e Suíça. Em 2011, completa 27 anos de realização.

Categorias
É dividido nas categorias: Outras Cidades, Comerciário e Cornélio Procópio. Neste ano, será editada uma coletânea com os poemas classificados que será entregue aos seus autores como premiação e na noite de encerramento haverá a premiação para o melhor declamador de cada faixa etária: A – 07 a 10 anos, B – 10 a 14 anos e C – acima de 15 anos.
Os candidatos poderão participar nas seguintes categorias: 1 – Outras Cidades (categoria A-07 a 10 anos; B- de 11 a 14 anos e C- acima de 15 anos); 2 – Cornélio Procópio (categoria A-07 a 10 anos; B- de 11 a 14 anos e C- acima de 15 anos); 3- Comerciário (categoria A-07 a 10 anos; B- de 11 a 14 anos e C- acima de 15 anos).
 
Premiação
Serão premiados com troféus, coletânea das poesias classificadas e certificados aos compositores dos 12 melhores poemas da categoria Outras Cidades, os 12 melhores da categoria Comerciário e os 12 melhores da categoria Cornélio Procópio. Todos os participantes receberão certificados. Os trabalhos devem ser enviados ao Sesc Cornélio Procópio até o dia 12 de agosto de 2011, último prazo das inscrições.

Informações:
Ana Carolina de Azevedo Mello
Assistente de Atividades - SESC Cornélio Procópio
(43) 3904-1607
anamello@sescpr.com.br

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Solange Gomes: A Sala de Aula

Solange Gomes: A Sala de Aula: "A sala de aula é um espaço muito importante para o ensino/aprendizagem em todas as series escolares. Onde a sua importância se concilia a in..."

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Solange Gomes: Um Importante Tabuleiro de Xadrez: o psicológico e...: "O jogo de xadrez tem o poder de concentração, nível de instrução, memória visual, para não mencionar também o talento estratégico, a paciênc..."

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Solange Gomes: CIRANDA DE RODA OU ENSINO/APRENDIZAGEM ???: "Solange diz que: 'A soma acadêmica e intelectual que buscamos para publicarmos assuntos pautados no dia-a-dia dos educadores e educandos, só..."

Rosa Mattos: A Essência da Felicidade

Rosa Mattos: A Essência da Felicidade: Confira a Poesia da autora acessando "Rosa Mattos" no menu acima!
"Vigiado pela paisagem verdejante dos pampas Assentou duas achas de lenha no fogo de chão Arrumando melhor o chapéu de palha trançada Que ..."

Paulo Valença: O mal renascerá?

Paulo Valença: O mal renascerá?: Conheça os trabalhos de Paulo Valença acessando a página do autor no menu acima. "1 No hábito costumeiro, debruçado sobre o balcão, seu Isaías fica pensando, enquanto os fregueses não chegam para beber, curtir a noite e a..."

Leia também: "Sexta-feira assassina" http://poetasocio.blogspot.com/2011/07/sexta-feira-assassina.html

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Acorda! o jantar está servido

Sonhei, no sonho te encontrei
encontrei, ao som do órgão
o violino, o violão e a flauta,
o surdo, faz na música falta

Entrei, porta a dentro apressado
empurrado, pela sua mão
no banco, no canto o olhar
o cego, sentado a me encarar

eu fiz, careta e mostrei a língua
a mingua, morria o irmão
a filha, o tio e a mulher
a colher, acorda para comer!

Levantei, a mesa me coloquei
Jantei, logo ao sono retornei

Kleber J G Martins

sábado, 2 de julho de 2011

Preciso...

Preciso de um dois por dois
meia dúzia de livros
todo o tempo do dia
dedicado à poesia

Um quarto fechado
uma estante no canto
a cama de solteiro
e me livrar do dinheiro

Preciso do silêncio
de um pouco de luz
de alguém para ler
e as vezes me deter

[preciso...] da estante no canto
teu abraço e teu manto.

Kleber J G Martins

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sexta-feira assassina


1

Tudo hoje em dia é “pra frente”, avançado demais para o seu gosto, pensa seu Isaías debruçado sobre o balcão do seu bar, à espera dos fregueses habituais da sexta-feira e, com o olhar analítico segue os movimentos do garçom Pedro, com o pano úmido passando-o no plástico branco que cobre as mesas. Esse rapaz é esperto, trabalhador, faz jus ao que lhe paga e as gorjetas recebidas dos freqüentadores. Sim, seu comércio está crescendo. Terá que o ampliar num salão maior, com estacionamento para carros, mesas do lado de fora, contratar outros empregados...
- É isso aí, homem!
Fala em voz alta, otimista.
- Chamou seu Isaías?
Ele sorri e responde:
- Nada não, Pedro.
- O senhor é quem sabe.
A mão ossuda corre a flanela no plástico manchado, limpando-o. Tem de se apressar, logo tudo isso aqui estará com as mesas ocupadas, com a zoada de vozes, gargalhadas, arrastar de cadeiras, o tilintar dos talheres. A agitação normal da sexta-feira, enquanto ele, Pedro, se desdobrará para servir o salão. Ainda bem que seu Isaías já lhe disse que contratará outro garçom...
A noite fora envelhece, com o transitar de automóveis, motos, ônibus, bicicletas e pedestres na calçada oposta, tudo à semelhança das sextas anteriores.
- Pedro!
Volta-se e encarando o rosto gordo, pálido do patrão:
- Tou indo.
Então se encaminha em passos largos para o balcão.
- Diga.
- Você encheu o freezer de cerveja?
- Claro, tá cheiinho.
- Pois é, a turma da noite bebe demais. Para farra não falta “grana”.
- Ainda bem, seu Isaías.
Esse sorrindo:
- Também acho. Mas vá até a cozinha e veja se a Inácia tá cuidando do sarapatel.
O garçom atende. Empurra a porta vai-e-vem e adentra na sala conjugada, enquanto o outro prende a atenção ao carro cinza-prateado que acaba de estacionar ao meio-fio defronte.
A porta se abre e desce o sujeito mulato, grande, forte, com a jovem alva, de longos cabelos louros, calças compridas azul, blusa branca, bem-feita de corpo. O cara chegou com uma nova namorada esguia, bonita.
- Tão novinha...
Contudo, assim é o mundo moderno, com seus caminhos que nos choca.
- Boa noite.
- Boa noite, Dr. Moura.
Sorri e profissional:
- Vai querer o de sempre agora?
O mulato sorri:
- Claro, Isaías. Pode servir.
- Tudo bem, O Pedro vai atender ao doutor.
Volta-se então à porta da cozinha ao lado e grita:
- Pedro!
Sorrindo ainda o recém-chegado dirige-se à mesa recuada, próxima ao balcão. A preferida.
Senta-se e a lourinha sorrindo ocupa a cadeira defronte. Conversam.
Seu Isaías disfarçando, segue a cena, inconformado com o que presencia. Não integrado ao tempo de modernidade, liberdade sem freio.
Pedro retorna:
- Sim, seu Isaías?
- Vá servir à mesa do freguês ali. Ele pediu o de costume.
- Ok, uísque e lagosta grelhada.
Outro carro acaba de parar no meio-fio da calçada oposta e os três rapazes saltam. Conversando, alegres se encaminham para aqui, o bar “Recanto do Isaías”.
Sim, a noite da sexta-feira se inicia, com seus personagens, no jogo da descontração.
- Obrigado, rapaz.
- De nada, doutor. Às ordens.
A mão grande, com dedos grossos aí cobre a outra magra, de unhas pintadas de bolinhas. Bolinhas.
Como se nada tivesse percebido, discreto, o garçom se afasta. Cuidar do trabalho. Limitar-se, cada um com sua vida. É o sensato. O necessário.


2

Na “Mata do Passarinho.”
O sargento Marcelo para o auxiliar, o soldado Carlinhos:
- Meu camarada envelheço e não me adapto as aberrações humanas: uma mocinha tão graciosa... Estuprada e com essas marcas no pescoço, como se tivesse sido estrangulada!
O corpo semi-despido exibe os seios pequenos, desnudos, os braços e as pernas longos, a calcinha vermelha. O pescoço com as equimoses arroxeadas. O rosto bonito, com os olhos abertos, na última perplexidade...
- O senhor tá certo, sargento. Mas... Vamos agir!
Retira então o celular do bolso da jaqueta e disca, chamando os peritos para continuar a investigação do novo crime...
O sargento torna a falar, sem respeitar a ligação do auxiliar:
- Com esse já chega a cinco assassinatos Carlinhos.
Concluída a denúncia aos colegas, então, o auxiliar repõe o aparelhinho no bolso e responde:
- Cinco! É como se fosse uma série, à semelhança desses filmes de terror.
Silenciam e prendem a atenção mais uma vez ao corpo sobre a grama ressequida da mata. Quem terá assassinado essa adolescente? Há mesmo gente para tudo nesse mundo...
Com a mão trêmula o sargento acende o cigarro. E se censura:
- Tenho de deixar de fumar, mas, toda vez que fico nervoso, termino fumando!
- Entendo. Entendo sargento.
Cercando-os há as árvores da mata fechada, unidas sim, ao que presenciou e presencia.

Colaboração do grande amigo Paulo Valença
http://portalliteral.terra.com.br/perfis/paulo-valenca