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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pela porta lá de casa
A chuva caía, já era tarde, mas ainda manhã, por volta das dez, recém tinha acordado, sem perspectiva, aguardando uma resposta, eu, um desocupado, com sentimento de inutilidade, preguiça, – que chuva! Penso eu ao olhar pela porta. – em plena segunda! Penso novamente com esperança, aguardava sentado, às vezes olhava a hora, às vezes olhava lá fora, o vento gelado, a chuva, ora forte, ora fraca, mas mesmo assim não queria fechar a porta, queria ver o dia, mesmo feio, queria ver. Carpe diem! Vinha-me a mente, só na mente, porque o corpo permanecia sentado, olhando, pela porta lá de casa. Alguns postes, ainda com as luzes acesas, julho, manhã, gelada, segunda, a televisão ligada, com volume baixo, não fazia presença em meu ser, pois minha cabeça estava longe, mas meu corpo ali, sentado, sem se mover, apenas os olhos se moviam, como uma câmera, que filmava tudo, e o cérebro como um processador tentava encontrar naquelas imagens resposta, o que foi? O que é? E o que será, logo, um tour pela minha vida até aquele momento, o que vivi, o que vivo e novamente uma pergunta o que vou viver?
Tudo isso pela porta lá de casa... Carpe Diem! Eu, paralisado... Carpe diem! Soava em minha mente como um – reage!, reage! Mas nem sinal... Só os olhos se moviam... Tudo isso pela porta lá de casa.

Kleber Jose Goularte Martins 13/07/2010

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