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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Folhetim - Relacionamento dos anos 2000 - Capítulo IV – Abreviando e simplificando

Não é fácil se relacionar, ainda mais quando se trata de um relacionamento amoroso... Muitas coisas ficam sem entendimento. No inicio tudo é lindo, o amor, paixão, aquela coisa louca, um sentimento gostoso, mas logo, acontece uma coisa que muitos relacionamentos não conseguem resistir. A “Rotina”, e ao primeiro sinal de rotina é abreviar e simplificar tudo. Vejamos:
Simplificar não é bom, começa simplificando os nomes, é Dan pra cá, é Vivi pra lá... E assim por diante, logo são os beijos, aqueles demorados, molhados, suculentos e com estalos dão lugar as bitócas, selinhos entre outros. Até o sexo não resiste, primeiro chegavam a durar duas horas ou mais, dependendo da dosagem do vinho... Depois uma hora e olhe lá, logo meia hora, vinte minutos e na pior das vezes, nem chega a dez minutos. Para ele parece normal, mas ela já começa a reclamar.
Essa história de simplificar não é boa, olhando a primeira vista parece normal, mas ao observar a fundo, se trata de um problema.
– Dan! Ela o chama
– Hum!
– A gente só fica em casa, antes você me levava pra sair, dançar, jantar e agora?
– Hum!
– A gente podia ir ao show da Tequila Baby.
– Amor! Tequila Baby é Punk Rock.
– E daí?
– Daí que só tem cabeludo, chapado e ainda por cima se quebram a pau numa “roda punk”. Não acho uma boa idéia, você não vai gostar muito. Acho melhor a gente ficar em casa hoje, e assim que vier algum show mais calmo eu prometo que te levo. Hoje eu economizo, descanso e ninguém se machuca. Estoura umas pipocas e a gente pode assistir “a fuga das galinhas”, o que você acha?
– Fazer o que?
Logo ela chega com a bacia de pipocas, coloca no colo dele e diz:
– o Carlão vai levar a Manu no show.
– o Carlão é louco... Ele tem um metro e meio e ela um metro e quarenta de altura... Vão passar por cima deles. Lá só tem louco. Você vai ver, jogo que amanha vão estar os dois de cama. Vamos assistir ao filme que é menos perigoso.
– qualquer hora dessas você vai assistir “a fuga da namorada” não das galinhas, isso sim. Conclui ela, ligando o DVD.
Não sei se vocês perceberam mas ela ficou brava, muito brava. E além do mais surgiu outro probleminha, é a dita comparação. Eu detesto isso. Se o Carlão quer ir que vá. A Manu não agüenta um tapa, imagina os dois dentro de uma roda punk... Empurrões, ombradas, ponta pés, chute na bunda, cabeçadas... Eles não vão resistir. Quando a banda tocar “velhas fotos”, logo serão “velhos amigos”. Mas as mulheres têm que comparar sempre o relacionamento com o de alguém. Por favor, não faça isso. Tenho certeza de que Daniel não gostou. E só de raiva, vai quebrar até o CD da Tequila Baby. Mas isso é assunto para o próximo capítulo.

Kleber J. G. Martins

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